Espaços escolhidos na escola para intervenção
A partir dos conceitos e ideias abordadas por Hertzberger no livro "Lições de Arquitetura", fomos orientados a pensar em locais da Escola de Arquitetura cujo potencial poderia ser melhor explorado. Durante a aula do dia 11/05, fizemos um tour pela escola que nos permitiu conhecer lugares do prédio que nunca havíamos acessado, e visualizar espaços que normalmente passam batido no nosso cotidiano. Após o tour, cada grupo deveria selecionar três lugares em que gostariam de fazer intervenções. Os locais escolhidos pelo meu grupo foram: a laje do terceiro andar, o lago da pracinha e o hall dos elevadores e do bicicletário.
LAJE DO TERCEIRO ANDAR:
Uma intervenção no terraço do terceiro andar faria com que um amplo espaço inutilizado passasse a fazer parte das relações espaciais e proporcionaria maior integração entre o interior e o exterior, contribuindo para uma arquitetura aberta defendida pela Visão II de Hertzberger. Caso fosse criado o acesso ao terraço, de uma forma que tornasse possível intervenções dos alunos com o espaço, contribuiria para que as pessoas que o frequentasse deixassem de ser apenas usuários do edifício e se tornassem moradores, provocando mudanças ativas no espaço e criando uma maior relação de afeto.
Possíveis mudanças e usos: criação de acesso até o terraço; terraço jardim; área de confraternização; implantação de guarda-corpo de vidro; horta comunitária; mural de arte
LAGO DA PRACINHA:
O lago da pracinha em frente a escola encontra-se sem uso, desligado e sem água. Seguindo os conceitos de Hertzberger, podemos relacionar o lago e a praça com a identidade do prédio. E devemos pensar em usos para ele, uma maneira que se preste vários usos diferentes sem que ele sofra uma mudança muito brusca, de maneira que uma flexibilidade mínima gere uma solução ótima. A existência do lago em frente a escola demonstra parte da identidade da escola em uma cidade onde sempre vemos prédios iguais e edifícios setorizados.
Ademais, a solução a ser pensada para o lago e para a praça deve contribuir para a criação de um espaço convidativo, que, assim como expõe Hertzberger, seja estimulante e possua mais afinidade tanto com os estudante como também com os moradores do bairro. Ambos os grupos devem poder utilizar a praça como um espaço de encontro, uma vez que essa é um espaço público, que influencia positivamente no cotidiano daqueles que usufruem, mesmo que minimamente, dela. Portanto, os espaços da praça devem ser projetados de modo a incentivar e criar esse local de encontro, que tornem-a capaz de acomodar essas interações, seja de permanência (com mais bancos ou mesmo mesas, a partir da dita "sociologia do sentar") ou de passagem - um segundo uso ao qual a praça pode se dedicar, já que se encontra no cruzamento de duas ruas.
Quanto ao lago vazio em si, não é possível alterar sua forma e construir algo novo, mas é possível ressignificar esse espaço e revitaliza-lo, propondo novas possibilidades de uso que podem existir e coexistir a partir da interação desse com as pessoas que se apropriam da praça. Isso porque, segundo o autor em questão, se o lago como componente unitário do espaço da praça for capaz de servir a objetivos diferentes, o todo da praça estará em equílibrio.
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