Crítica Estruturada Luz e Sombra
Após realizar o ensaio fotográfico com objetos de papel, explorando suas luzes e sombras, discutimos algumas dessas imagens em sala de aula. Para exercitar o olhar crítico, cada aluno deve criticar as imagens de dois colegas. Minha primeira crítica será feita a respeito do slide do Alexssandro Victor Campos da Conceição.
Primeiramente, em relação ao enquadramento das fotos no slide, o fato das duas fotos à direita não estarem alinhadas não é algo que me incomoda, pelo contrário, acho que isso ajudou na composição do slide, porém me incomodou o fato de ter sobrado muito espaço nas laterais e praticamente nenhum espaço nas partes de cima e de baixo. O posicionamento do nome também me incomoda porque ficou meio solto à esquerda, onde tem um espaço vazio. Eu acho que a imagem da esquerda conversa muito bem com a imagem superior direita, pois ambas destacam um movimento curvo e eu gosto que há um contraste entre elas, já que na primeira o objeto é mais claro e faz com que nosso olhar vá em direção a um buraco preto, enquanto que, na segunda, ocorre o contrário: o objeto é mais escuro e nos direciona até um ponto de luz branca. Graças a esse jogo de luz e sombra da segunda imagem, acho que ela também está em harmonia com a terceira que também é composta por um fundo bem escuro e um objeto central mais claro. Entretanto, acho que a primeira e a terceira imagens não combinam muito entre si.
Eu não gostei tanto da primeira imagem, porque ela é muito mais verticalizada do que as demais e a parte inferior da foto composta por um fundo em tons de cinza ocuparam muito espaço da imagem, atraindo a atenção dos nossos olhos para essa região, o que não acontece na parte superior que, além de ocupar menos espaço, é bem mais escura, o que traz um contraste interessante à foto. Outra coisa que me incomodou foi uma linha vertical saindo do fundo da espiral, que eu acredito que acentua a verticalidade da foto e, de certa forma, tira um pouco a suavidade da curva.
Na terceira foto eu gostei bastante do contraste que foi feito nas folhas de papel. As folhas que estão à direita são mais brancas e as da esquerda são mais escuras nas bordas e vão clareando mais no meio, o que deu um efeito bem legal. Porém, o fato do fundo na parte superior sem bem preto e na parte inferior ser mais cinza, faz com que o olhar pese mais na parte de baixo da imagem, e também é possível perceber uma textura diferente nessa área cinza, que talvez seja o chão de onde a foto foi tirada, o que me incomoda.
Minha segunda crítica vai ser das imagens feitas pelo Caio Ferreira da Costa:
O enquadramento das fotos no slide ficou muito bom, pois as fotos laterais são do mesmo tamanho e estão alinhadas, enquanto que, a foto do meio é um pouco mais verticalizada e ficou centralizada em relação às demais. A única coisa que me incomoda nesse quesito é que as três imagens ficaram alinhadas mais para a parte superior do slide, deixando a parte inferior em branco, somente com o nome do autor à esquerda.
O que eu mais gostei na composição fotográfica do Alex é que ao ver as três imagens juntas, elas formam uma espécie de contraste gradual muito interessante. A primeira foto possui tons mais brancos, com um fundo claro, e o objeto e sombras mais escuros. Já a segunda faz essa transição dos tons mais brancos para os tons mais pretos, uma vez que, a parte superior esquerda da figura é branca, e essa coloração vai escurecendo conforme movemos o olhar para a parte inferior direita. Por fim, a terceira foto possui o fundo escuro e o objeto, que está em uma posição similar à da primeira foto, é mais claro. Entretanto, o que eu não gostei é que na foto do meio fica muito evidente que o objeto em questão se trata de um papel amassado e a transição do branco para o preto não é feito no sentido da nossa leitura (na foto é feito do canto superior direito para o canto inferior esquerdo, enquanto que, nosso olhar geralmente vai do canto superior esquerdo para o canto inferior direito), o que me incomoda um pouco.
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